Macroindicadores, análise de produtividade, de receita e análise regional são alguns indicadores importantes para a gestão de frotas de uma empresa que presta serviço de transporte de cargas, também denominada transportadora ou empresa de logística. Esse é o case que vamos tratar neste artigo. Também vamos mostrar sobre como extrair insights da análise de ordens de serviços, para ações de cross sell e up sell.
Há pouco menos de duas semanas, ouvi pela primeira vez a música Drift Away, composta por John Henry Kurtz, na inconfundível voz do Michael Bolton. A letra que narra os desafios do dia a dia, e o refúgio encontrado no Rock and Roll e na estrada, me fazem pensar sobre o quão libertador é cruzar o país de ponta a ponta, dirigindo, como os caminhoneiros.
Também imagino o quanto essa experiência pode ficar melhor, se, além da liberdade proporcionada pelas estradas, possa ser conquistada ainda a liberdade financeira, por meio do serviço de logística.
Para seguir nessa viagem, então, precisamos entender mais sobre sinalização e sobre o processo administrativo da gestão de frotas.
Como assim? Vou explicar melhor. Veja, ao longo da estrada existem placas que sinalizam as regras de trânsito, como os limites de velocidade; sinalizam as condições da estrada, como as curvas e entroncamentos; e sinalizam sentidos e direções das localidades. Todos esses sinais ajudam o caminhoneiro a realizar o percurso e a chegar no seu destino.
No processo administrativo de uma empresa de gestão de frotas, também existem sinais, ou indicadores, que ajudam a avaliar o andamento da empresa.
1- Macroindicadores
Neste primeiro grupo de indicadores, o objetivo é entender os principais números que ajudam a avaliar, num panorama geral, a saúde da empresa. No exemplo da gestão de frotas, podemos pensar nos seguintes indicadores necessários:
- Litros consumidos: expressa a quantidade, em litros, de combustível consumido pelos veículos nas viagens, ao longo do período analisado; essa medida é facilmente encontrada observando as notas de abastecimento de todos os caminhões.
- Custo do combustível: é a soma do valor despendido para a compra do combustível.
- Total de entregas: com esta medida pretendemos entender quantas entregas foram feitas ao longo de um determinado período.
- Total de km rodados: é o somatório do total de quilômetros rodados, ao longo do tempo analisado.
- Custo fixo: para o custo fixo, considera-se todas as despesas que são pagas para a manutenção do caminhão e do motorista, tendo ou não entrega.
- Custo variável: refere-se a todas as despesas que são pagas para a manutenção do caminhão e do motorista, porém, são as não obrigatórias, ou seja, são as despesas que variam de acordo com a demanda.
Escolhemos esses indicadores não pela dificuldade da sua mensuração, mas sim pela importância do gestor tê-los expostos em seu painel inicial. Pois muito além da exposição numérica numa linha do tempo mensal, eles possibilitam a análise da saúde da empresa ao longo de cada mês. Além disso, os dados mensais permitem a criação de gráficos que podem apresentar o andamento de duas medidas em simultâneo, ao longo do mês. Por exemplo: relacionar, num mesmo gráfico, as medidas do Total de entregas e do Custo variável, para entender como o aumento de entregas impacta no custo variável. Veja que os caminhos de combinação de variáveis são muitos, e eles são traçados a partir do cruzamento ou junção dessas medidas, com o objetivo de ajudar a responder perguntas sobre a empresa.
2- Análise de produtividade
Ao analisar a produtividade de qualquer setor, o pressuposto básico é avaliar a eficiência de cada macroindicador que resulta da atividade da empresa, ou seja, produzido pelos agentes de intervenção da empresa. No caso de uma empresa de frotas, os agentes de intervenção são os motoristas, pois são eles que desempenham a função principal, produzindo diretamente as medidas referidas anteriormente.
Uma vez que os macroindicadores já estejam calculados, o ideal é criar uma tabela, onde podemos relacionar cada uma das medidas com cada motorista. Veja no exemplo abaixo:
Agora que conseguimos enxergar cada um dos macroindicadores relacionados a cada motorista, podemos partir para a leitura de algumas medidas de cunho micro, também relacionadas a cada motorista, tais como:
- Total de entregas por motorista;
- Consumo de combustível por km: é calculado dividindo a quantidade total de litros consumidos, pela quantidade de quilômetros rodados.
- Custo do combustível por km rodado: é calculado dividindo o valor total gasto em combustível, pela quantidade de km rodados.
- Média de km rodados: é calculado dividindo a quantidade de quilômetros rodados, pelo total de viagens realizadas.
É importante perceber que cada uma dessas medidas faz sentido quando é apresentada para cada um dos motoristas O gestor com certeza terá uma boa base para avaliar cada motorista, e fazer as mudanças que porventura sejam necessárias, ao conjugar os macro e os microindicadores.
3- Análise de receitas
Uma mantra aqui na Uangoo, para calcularmos qualquer medida de despesa ou receita, é partir do pressuposto de que é extremamente importante entender a variação percentual da variável em causa, em relação ao período anterior.
Dito isso, listamos alguns indicadores que julgamos extremamente importantes para analisar as receitas:
- Receita bruta: traz uma relação do somatório de tudo que a empresa vendeu, no caso da empresa de frotas, é o somatório dos valores arrecadados com todas as entregas feitas.
- Valor da carga: calculado pelo somatório do valor da carga transportada pela empresa. É um indicador importante na hora avaliar o custo do seguro para o transporte da mercadoria, ou mesmo para contratar uma escolta armada.
- Peso em toneladas e m³: é a soma do peso de todas as mercadorias medido em tonelada ou em m³. Essas medidas são importantes porque indicam os tipos de produtos que a empresa mais transporta, tendo em conta os trailers ou containers que a empresa vai precisar para fazer o transporte.
- Número de pedido: é o somatório do número de pedidos que geraram as entregas. Essa medida é importante porque permite calcular o número de clientes que fizeram mais de um pedido, e também, claro, os que fizeram apenas um pedido. E, por sua vez, essa informação é importante, pois, entendendo o número de clientes com mais de um pedido, além de aferir a fidelidade dos clientes, também é possível fazer uma pesquisa para descobrir as razões pelas quais eles preferem a empresa.
Entre as medidas referidas, a receita bruta é, no nosso entendimento, o dado que deve necessariamente ser representado em termos gráficos, numa linha temporal, tendo os meses como referência no eixo horizontal.
Mais do que entender o comportamento da receita bruta ao longo do tempo, no caso em meses, é de extrema importância que a empresa entenda, também, essa medida na variável do espaço, ou seja, a receita gerada em cada uma das cidades e seus respectivos estados. Isso pode ser feito mesclando um gráfico de mapa com os estados, e uma tabela com as respectivas cidades e os valores da receita.
E agora, a cereja do bolo: veja como a análise dos diversos indicadores ajuda no crescimento da empresa e nas tomadas de decisões, a partir dos dados reais que a empresa gera. Prestando mais atenção, por exemplo, no mapeamento das receitas por cidade e no número de clientes com mais de um pedido, é possível pensar ações de comunicação e propaganda, direcionadas para as cidades com maior concentração desses clientes. Outro exemplo: analisando os clientes com mais de um pedido, a empresa pode direcionar recursos para ações de cross selling e up selling, visando aumentar as receitas com estes clientes.
Agora que você entende melhor, sobre os indicadores essenciais para analisar o setor de Ordens de Serviços, já pode entrar em contacto com a gente e ver quais são as opções de trabalho que oferecemos. Basta acessar a nossa página Planos e Preços
Por hoje, ficamos por aqui. Neste link você encontra o estudo de caso que originou este artigo, com um Dashboard e vídeo explicativo. Comente, compartilhe e pergunte.
Equipe Uangoo
