Se tem algo que é inegável, é o aumento da fatia de mercado de artistas africanos na indústria musical global. Isso porque, assim como artistas americanos, os africanos aprenderam que o ritmo, as batidas e todo o arranjo sonoro são mais importantes do que a mensagem transmitida pela letra, para quem escuta.

 Exemplos disso são as músicas “Baba Wethu”, de Leenk, e “Jerusalema”, de Master KG. Jerusalema foi uma verdadeira febre que percorreu o mundo em 2022, muito boa de se ouvir, mesmo para quem, como eu, não entende o que está sendo dito.

Mas o que isso tem a ver com indicadores empresariais? Nada e tudo, ao mesmo tempo.

Nada, se tomarmos como referência aqueles gestores que tomam as decisões na empresa de acordo com aquele mantra básico do feeling, ou da experiência – para não dizer do achismo. Esse formato não considera os dados da empresa como base.

E tudo, quando entendemos que o uso de dados é fundamental para a tomada de decisão na empresa. Os dados precisam passar pela definição e identificação de indicadores primordiais, o que seria equivalente à percepção do ritmo, das batidas e dos arranjos sonoros ao ouvir uma boa música. Por isso, neste artigo faremos um recorte sobre alguns indicadores de desempenho.

Na maioria das vezes em que a Uangoo foi contratada para prestar o serviço de Análise de Dados, as empresas contratantes estavam em um contexto de reorganização ou planejando a expansão, e por isso os gestores apontavam os indicadores de Gastos e  Vendas como os principais.

Mas o que não se percebe é que esses indicadores representam um bolo pronto na prateleira. Existem muitos outros que precisam ser observados, coletados, mexidos e trabalhados, porque um indicador deve ser o reflexo dos resultados de um processo que atende as particularidades da empresa naquele momento específico. E também – isso é fundamental – deve estar ancorado em metas. As metas precisam atender o máximo possível as seguintes características:

Específicas, ou seja, com foco para cada item do processo;

Mensuráveis, quer dizer possíveis de serem medidas por meio de uma fórmula;

Alcançáveis, ainda que com desafios, mas não utópicas;

Relevantes, de modo a fazerem sentido para o objetivo final.

Temporais, pela importância do prazo para serem alcançadas.


Agora mostrarei alguns indicadores:

  • Ticket médio: o valor médio das compras dos clientes. É calculado pela soma do valor total das vendas, dividido pelo número de clientes.

  • Ticket médio = Total de vendas / número de clientes

O conhecimento desse indicador possibilita a criação de estratégias para aumentar as vendas, como por exemplo, investimento em propagandas dos produtos mais lucrativos para a empresa. Se a propaganda corresponder à segmentação da base de clientes da empresa, melhor ainda, porque diminui o custo de aquisição de novos clientes. Claro que isso só é possível num contexto em que a empresa use um CRM, ou sistema que armazena os dados dos clientes.

  • Faturamento: indicador de receita, ou seja, mostra o quanto de dinheiro a empresa gera comercializando os seus produtos ou serviços.

  • Faturamento = Soma das vendas dos produtos ou serviços

 

  •  O faturamento é, na minha opinião, o indicador mais traiçoeiro, porque ele pode ficar muito vago e abrangente, a ponto de torná-lo quase ineficiente para uma tomada de uma decisão de forma unilateral. Mas também ele é de suma importância por fazer parte da base de cálculo de outros indicadores. Por isso, muita atenção ao faturamento.

 

  • Receita líquida de venda: mostra com o quanto de direito a empresa ficou depois de efetivadas as vendas. É calculada pela subtração do valor dos impostos e das devoluções (ou cancelamentos) do faturamento.

  • Receita líquida = Faturamento – Devoluções ou cancelamentos – Impostos

Os impostos são referentes aos impostos pagos pela venda dos produtos. Os cancelamentos ou devoluções são bons indicadores da qualidade dos produtos, ou do seu processo de entrega, por isso é importante observá-los.

  • Recebimentos (ou caixa): mostra o quanto a empresa recebeu de dinheiro sobre todas as vendas. Mas cuidado para não confundir com o Faturamento. Numa realidade em que as vendas são feitas a crédito, ou em várias parcelas, o indicador Recebimentos se torna de vital importância, porque ajuda a empresa a perceber com quanto de dinheiro real ela conta naquele momento.

Se ainda está difícil entender, pense em quantas vezes sua empresa vendeu bastante, mas no final do mês o dinheiro na conta não pareceu proporcional. Isso aconteceu  porque alguém atrasou o pagamento, outros parcelaram, e ainda porque parte da grana foi usada para taxas de antecipação dos bancos, sem falar das vendas canceladas. O caixa real da sua empresa é o dinheiro que efetivamente entrou depois desses detalhes todos. E é com esse valor que você deve sempre contar para fazer planejamentos futuros, e não apenas com o valor do faturamento.

  • Custo fixo: é o custo que mais deve ser controlado, entre todos os custos, e o que deve ser o menor possível, porque ele se refere ao pagamento de todos os serviços ou itens que a empresa paga, faça chuva ou sol, vendendo muito ou pouco.

  • Custo variável: é o somatório de todos os serviços e produtos que a empresa paga em decorrência do aumento das vendas, ou seja, ele só existe se a empresa efetivar uma venda.

 É importante dizer que existem algumas contas ou variáveis que podem pregar uma pegadinha, na hora sua classificação. Uma delas é a energia elétrica, que pode variar de acordo com o consumo. Entretanto, ainda assim ela deve ser classificada como um custo fixo, porque é daqueles serviços que sem a sua existência a empresa não tem como funcionar.

  • Margem de contribuição: considerada um xodó, por ser capaz de mostrar o quanto a venda de cada produto contribui para pagar os custos fixos da empresa. É calculada subtraindo, do valor da receita, o que foi gasto com custos variáveis.

Uma forma eficaz de observar os custos variáveis é pensar que eles refletem o custo de venda dos produtos, congregando matéria prima, comissões de vendas e impostos.

Com a definição da margem de contribuição, abrimos espaço para entender o número mínimo de produtos ou serviços que a empresa precisa vender, para não ter prejuízo. Neste link tem um modelo de planilha pronta para o cálculo do ponto de equilíbrio.     

Agora que você entende melhor, sobre alguns indicadores essências para analisares os dados da sua empresa, já pode entrar em contacto com a gente e ver quais são as opções de trabalho que oferecemos. Basta acessar a nossa página Planos e Preços

Por hoje, ficamos por aqui. Neste link você encontra o estudo de caso que originou este artigo, com um Dashboard e vídeo explicativo. Comente, compartilhe e pergunte.

Por

Equipe Uangoo

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