Análise de dados nas Ordens de Serviços

Já estão marcadas na história da humanidade as revoluções industriais, mas atualmente podemos dizer que as empresas passam pela revolução da atenção ao cliente. Isso faz com que o setor de suporte seja um dos mais importantes dentro da empresa, porque é esse o setor responsável por verificar se a expectativa do cliente está alinhada com a solução oferecida pela empresa.

É pelo setor de suporte que podemos prever o churn, que significa a quantidade, ou seja, o número de clientes que desistiram de fechar negócio em um determinado período. Em outras palavras, churn é a métrica que mostra a taxa de cancelamento de clientes em um determinado período. 

Além do churn, há outros indicadores essenciais que um gestor responsável pelo suporte deve ter no seu Dashboard. É sobre esse assunto que nos debruçamos neste artigo. Mas antes, enquanto você lê, que tal dar um play na Melanina, do Soarito? 

Macroindicadores

Vamos lá: a regra básica que seguimos, como uma boa prática, é destrinchar todos os macroindicadores, isto é, buscar todas as medidas que, numa percepção bruta, são capazes de informar sobre a saúde da empresa. É como quando queremos analisar a economia de um país e olhamos para o PIB, antes de qualquer outra coisa.

Sendo assim, temos: 

  • Número total de pedidos, calculado pela soma de todos os pedidos recebidos pela empresa. O seu cálculo é de vital importância por servir de base para outros indicadores atrelados, como: 
  1. a) número de pedidos atendidos com atraso;
  2. b) percentual de pedidos atendidos com atraso sobre o número total de pedidos;
  3. c) número de pedidos atendidos sem atraso; 
  4. d) percentual de pedidos atendidos sem atraso sobre o número total de pedidos.
  • Média de tempo de entrega
  • Média do nível de satisfação

Para esses três macroindicadores, é importante estruturar a base de dados de modo a mapear duas variáveis, que são: 

  1. Erros do sistema: são os pedidos originados por desconhecimento do uso de funções existentes dentro do sistema.
  2. Novas funções: são os pedidos para suporte de funções que o cliente supunha que existiam dentro da ferramenta. 

Agregando essas duas variáveis, além de ajudar o gestor a perceber o descolamento entre a expectativa dos clientes e as soluções entregues pela empresa, também servirá de indicador para quem trabalha com treinamento dos clientes, para ajudar a melhorar a sua abordagem. 

Outro ponto que também pode ser extraído dessas duas variáveis, é que se o número de pedidos oriundos de funções que não existem dentro da ferramenta for muito grande, é provável que haja uma necessidade de ajustes dentro do setor comercial, ou ainda, que a solução da empresa esteja aquém do esperado pelo cliente. 

 

 

Análise de desempenho

Agora que temos os macroindicadores, é hora de avaliar o desempenho com medidas que vão além da superfície. Mas antes de criar uma enxurrada de medidas, eu sugiro fazer um filtro de dois a três indicadores que explicam esse desempenho. 

Aqui neste nosso estudo de caso, decidimos apresentar a evolução do número de pedidos ao longo dos meses, em consonância com a evolução percentual do número de pedidos atendidos com atraso. A confluência dessas duas medidas nos permite responder uma questão essencial: 

  • Será que quanto maior o número de pedidos, maior é o atraso nas entregas?

Intuitivamente parece que sim, o que poderia nos direcionar a uma decisão equivocada de aumentar o número de pessoas na equipe. Mas como os dados nos mostram que isso não é necessariamente verdade, acabamos chegando no questionamento sobre o nível de capacidade técnica dos membros da equipe. 

Usando o adorável Tooltip no Power BI, por exemplo, podemos criar um dica de ferramenta que mostra (ainda no mesmo gráfico, ao passar o mouse) o número de pedidos atendidos de acordo com o nível de satisfação e o tempo médio de entrega. E como a avaliação do número de entregas atendidas com ou sem atraso está no centro da nossa análise, esses números – entregas com atraso e entregas sem atraso – devem ser calculados de modo a evidenciar a variação percentual de um ano para outro, para ambos. Em outros termos, estaremos calculando a variação de um ano para outro, em termos percentuais do número de pedidos atendidos com ou sem atraso.

 

 

Microindicadores

Uma análise micro se propõe a verificar as variáveis internas que explicam as variações. É como quando vamos ao médico e ele pede exames detalhados para entender a dor e outros sintomas – é uma análise micro de dados que podem explicar se está ocorrendo uma doença. 

No processo do atendimento ao cliente, então, o que o gestor de suporte precisa analisar para entender o comportamento dos macroindicadores? De forma muito sucinta, eu sugiro criar três gráficos de barras que vão mostrar: 

  • Número de pedidos atendidos de acordo à categoria
  • Número de pedidos de acordo ao número de prioridade;
  • Percentual de pedidos atendidos fora do prazo de acordo ao nível de produtividade. 

Esses gráficos não precisam ser representados numa linha temporal, pois os filtros dos anos e meses podem ser alocados no Dashboard de forma separada. 

O que pode ser agregado no Dashboard, ao passar o mouse em cada um dos gráficos, em especial nos dois primeiros, são as seguintes medidas: 

  • A média do tempo de entrega;
  • A média do nível de satisfação;
  • O número de pedidos atendidos com atraso;
  • O número de pedidos atendidos sem atraso. 

 

 

Análise de produtividade

Como sempre advogamos, analisar a produtividade implica entender o impacto dos agentes causais nos macro ou microindicadores. No nosso caso, vamos apresentar como os funcionários que atendem os pedidos geram impacto nos três macroindicadores, que são: 

  • Número de pedidos;
  • Percentual de pedidos entregues com atraso; 
  • Nível de satisfação dos clientes. 

A conjunção desses três macroindicadores numa tabela é mais do que suficiente para a análise do nível de produtividade de cada um. Em especial quando pudermos contrastar com o gráfico de área que apresenta, simultaneamente, a evolução percentual dos números de pedidos atendidos dentro e fora do prazo.

 

 

Agora que você entende melhor, sobre os indicadores essenciais para analisar o setor de Ordens de Serviços, já pode entrar em contacto com a gente e ver quais são as opções de trabalho que oferecemos. Basta acessar a nossa página Planos e Preços

Por hoje, ficamos por aqui. Neste link você encontra o estudo de caso que originou este artigo, com um Dashboard e vídeo explicativo. Comente, compartilhe e pergunte.

Por 

Equipe Uangoo

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