5 características de uma meta
Neste texto falaremos sobre as 5 características de uma meta.
Nós não vamos reinventar a roda, vamos apenas reforçar, até porque elas são mais famosas pelo nome de “Metas Smart”.
As 7 leis da alfabetização de dados empresarial
No texto passado, que deu início à trilogia sobre Alfabetização de Dados, eu expliquei que a Alfabetização de Dados é a habilidade de comunicar-se, traduzir e tomar decisões com base nos dados. Os dados são os registros do que acontece, ou seja, os fatos. À primeira vista pode ficar a impressão de que se alfabetizar em dados significa aprender única e exclusivamente a criar e ler gráficos, tabelas e até mapas, mas na verdade não é somente isso. A experiência na Uangoo tem me mostrado que, muito além das tecnologias da computação para organizar as informações, são necessárias habilidades de análise, de interpretação, de formulação de perguntas, de relacionar informações, de tomar decisões, e tudo isso com uma grande dose de curiosidade e um grande senso de humildade – assim conseguimos colaborar e enxergar as perspectivas em relação aos dados, para obter os ganhos. Para escrever este artigo, eu reuni em 7 princípios todo o meu aprendizado na minha jornada como analista de dados, endossados também pela Qlik. Mas claro, como sempre reitero, não existe receita mágica nem verdade absoluta no processo de aprendizado. Na Uangoo, o princípio de todo projeto é realizado com a participação dos principais decisores da empresa, porque eles identificam alguns problemas que precisam de soluções. Mas geralmente é comum para eles a tendência de seguir o processo que gera resultados, então não há nada muito novo para ser criado nessa fase. Os novos insights acontecem realmente quando temos a oportunidade de conversar com os demais profissionais que não fazem parte do núcleo de decisões da empresa, porque eles têm visões diferentes, por outros ângulos. Por isso essa fase se caracteriza pela abertura de espaço para que a curiosidade de quem não decide floresça, e para que a humildade de quem manda permita um olhar diferente sobre a solução dos problemas Não sei quem inventou a expressão “para inglês ver”, mas sei que ela é transversal em todos os setores, desde a política, até as empresas privadas. No universo da cultura de dados, o problema de fazer “para inglês ver” mata a empresa no longo prazo, se, depois dos treinamentos e capacitações, só restarem os certificados, sem aplicação do que foi aprendido. Por isso é necessário que o gestor ofereça a capacitação e cobre a sua aplicação. A sugestão da Uangoo é primeiramente garantir o domínio em nível avançado da ferramenta Excel, partindo de uma realidade em que todos os profissionais estejam no nível elementar, isto é, da mesma forma que sabemos que é importante ter um kit mínimo de soft skills. Essa é literal, e parece até absurdo falar sobre, mas é importante que todos dentro da empresa tenham o DNA da cultura de dados, ou seja, todo mundo deve saber viver sob o lema de que toda e qualquer ação dentro da empresa deve ser anotada e mensurada. Em outros termos: não adianta a empresa contar apenas com os decisores para fazer a cultura de dados funcionar, porque não serão eles que ficarão alimentando os dados, bem como não serão eles a criar todas as metas setoriais e os indicadores. E também porque muitas vezes os decisores não estão mais conversando com os clientes. Portanto, todo mundo na empresa deve saber que vive sob o lema: Registrar, Medir, Analisar e, por fim, Decidir. A maioria dos projetos desenvolvidos pela Uangoo parte da construção de Dashboards em ferramentas estáticas, até chegar ao Power Bi, que é uma ferramenta mais dinâmica. Os Dashboards dinâmicos fazem sentido no início, porque permitem uma projeção de resultados, enquanto o gestor precisa de mais tempo para outras ações. Por isso, num estágio inicial, é melhor não se ater muito em microindicadores, que na maioria das vezes vão demandar a criação de uma infraestrutura para a captação ou até mesmo limpeza dos dados. Para quem começa a implementar a cultura de dados na empresa, o ideal é criar um ecossistema para que todos os gestores possam, no mínimo, organizar os indicadores macro dos seus setores, assim como os coordenadores de grupo ou Squad. Sabemos bem o quão sedutor e lindo é começar uma ação numa empresa: aquela energia inicial, a empolgação de todos, e a expectativa dos resultados entre todo mundo. Mas o trabalho precisa ir muito além desse fogo de palha inicial. Para você que está implementando a cultura de dados na sua empresa, minha sugestão é que fique alerta no processo. Fique alerta na inserção dos dados, na implementação das regras do negócio para a criação de métricas e consequentes indicadores ao longo dos 6 primeiros meses pelo menos. Esse acompanhamento deve ser feito com os gestores de área, e não com todo mundo, numa fase inicial. E outra sugestão: considere pagar um pouco mais para os gestores, pelo fato de executarem bem essa tarefa. Acredite, o custo de não fazerem isso, ou fazerem “para inglês ver” será bem maior, comparado ao que você dará de aumento. E sim, é crucial que você cobre uma apresentação semanal ou quinzenal dos resultados, principalmente na fase inicial. Sim, isso mesmo, uma empresa não é um campo de batalha de setores, onde cada setor inviabiliza informações, para que o outro não progrida. É extremamente importante criar um ambiente em que os gestores setoriais, muito além de trocarem dados, também exponham dificuldades, troquem aprendizados, trabalhem colaborativamente. A experiência me mostrou, de forma dolorosa, que não existe cultura de dados ou alfabetização de dados quando não existe troca colaborativa. Se é o caso da empresa já possuir um Analista de Dados, ou função semelhante, esse profissional precisa estar em constante interação com quem consome os dados, do contrário, ele estará criando indicadores que só fazem sentido para a sua própria percepção.